Cotonetes: hábito de limpar o ouvido pode contribuir para a perda auditiva


Fonoaudióloga faz alerta sobre os riscos do uso excessivo e inadequado das hastes flexíveis Fonoaudióloga alerta que o uso de cotonetes em excesso pode provocar perda auditiva temporária
@drobotdean no Freepik
Visto por muitos como sinônimo de higiene, o uso de hastes flexíveis para a limpeza de ouvidos pode representar grande risco para a audição. Facilmente encontradas em farmácias ou supermercados, e popularmente conhecidas como ‘cotonetes’, seu uso pode provocar desde infecções, como a otite, até lesões e perda permanente da audição.
Marta Luiza Santana (CRFa 4-13308), fonoaudióloga especialista em Saúde Auditiva, explica que o uso de hastes flexíveis apresenta diferentes riscos para a saúde auditiva, podendo acumular maior quantidade de cera, impedindo a passagem do som, ou até provocar a perfuração da membrana timpânica.
“A partir do momento em que a pessoa utiliza a haste flexível, pode empurrar a cera para a região mais posterior do conduto auditivo e, devido ao espaço mais estreito do canal, gerar um acúmulo maior, também conhecido como ‘rolha de cera’. Esta obstrução total do conduto auditivo poderá gerar uma sensação de diminuição da audição, sendo necessário uma consulta com o médico otorrinolaringologista para a sua retirada. Além disso, é comum ouvirmos relatos de perfuração da membrana timpânica pelas hastes flexíveis. Pode ocorrer quando a pessoa ao utilizar a haste flexível faz algum movimento brusco, seja por um susto ou esbarrar em algum local, e o instrumento é totalmente introduzido no conduto, causando lesão na membrana”.
A cera, ou cerume, que as pessoas tentam limpar com as hastes flexíveis, é uma substância produzida pelas glândulas sebáceas, que possui a função de proteção natural dos ouvidos, evitando que poeira ou outro corpo estranho possa entrar no conduto, além de garantir a proteção contra bactérias e proliferação de fungos.
“Portanto, a cera não faz mal e não é necessário a sua retirada pelo próprio paciente, pois naturalmente irá ocorrer a expulsão gradual de parte da cera. Em casos de acúmulo de cera, devido a produção em excesso ou pelo uso constante de hastes flexíveis, o procedimento de retirada deve ser realizado exclusivamente pelo otorrinolaringologista”, pontuou Marta.
A fonoaudióloga alerta para um risco ainda maior, quando as pessoas introduzem objetos estranhos no ouvido no sentido de retirar a cera.
“É muito comum ouvir relatos de pacientes que utilizam tampa de caneta e grampos de cabelo para coçar o ouvido ou, de forma incorreta, retirar a cera. Não é recomendado introduzir nenhum tipo de objeto estranho no ouvido, pois os riscos de infecção ou de provocar alguma lesão na pele e na membrana timpânica são grandes”.
Para a correta higienização, Marta destaca que o recomendado é, após o banho, utilizar uma toalha ao redor do dedo para secar toda a região da orelha e apenas a parte inicial do conduto auditivo. Esse hábito já é suficiente para considerar uma higienização de rotina do ouvido, uma vez que naturalmente o conduto auditivo irá expulsar a cera através dos mecanismos próprios.
“É muito importante reforçar o alerta que o uso em excesso de hastes flexíveis, pode provocar um acúmulo de cera e gerar uma barreira contra a passagem do som, ocasionando em uma perda auditiva temporária, ou até, provocar a perfuração da membrana timpânica, podendo resultar em uma perda auditiva definitiva”, concluiu.
Serviço
SmartAudius Aparelhos Auditivos
Itaigara – Avenida Antônio Carlos Magalhães, 1034. Ed. Pituba Parque Center. Sala 333 – Ala A – Itaigara. Salvador – BA, 41825-906
Paralela – Av. Luis Viana Filho, 6462. Edf. Wall Street Sala 525 – Bloco East – Patamares – Salvador – BA, 41730-101.
Feira de Santana – Rua Barão de Cotegipe, 1137. Sala 04 – 1º andar – Multiclin – Centro, Feira de Santana – BA, 44001-175
Contatos: (71) 3359-3993 ou (71) 9 9349-3993 (WhatsApp)
Site: www.smartaudius.com.br
Instagram: @smartaudius
Responsável Técnico: Rodrigo Brayner de Farias (Crefono 4-5193)
Adicionar aos favoritos o Link permanente.