Minas Gerais registra duas primeiras mortes por dengue do ano, diz Ministério da Saúde


Monitoramento da pasta diverge do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde, que negou óbitos confirmados no estado até o momento. Mosquito do Aedes aegypti, transmissor da dengue
Carlos Bassan/Prefeitura de Campinas
Minas Gerais registrou as duas primeiras mortes por dengue em 2025. Há outros três óbitos em investigação no estado, que já contabiliza 4.331 casos suspeitos da doença na primeira quinzena do ano. As informações foram divulgadas, nesta quarta-feira (15), pelo Ministério da Saúde, por meio do painel de monitoramento de dengue e outras arboviroses.
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) informou que não há registros de óbitos confirmados por dengue em Minas Gerais. No último boletim epidemiológico, divulgado nesta segunda-feira (13), foi divulgado apenas que havia uma morte em investigação e 536 casos de dengue confirmados no ano.
Recorde histórico
No ano passado, Minas Gerais registrou um recorde histórico de 1.132 mortes por dengue, ante 230 óbitos em 2023.
O Brasil também atingiu, em 2024, o número inédito de 6,6 milhões de casos confirmados e 6 mil mortes pela doença, segundo o Ministério da Saúde.
O cenário levantou alerta na pasta, que criou o Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses e um novo Plano de Contingência Nacional para Dengue, Chikungunya e Zika.
Medidas de prevenção
O médico epidemiologista e infectologista Estevão Urbano alerta para a necessidade de esforço conjunto entre serviço público e população para a diminuição da propagação do vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.
“Se as pessoas não se conscientizarem, não tem como diminuir os focos da doença. É fundamental que as medidas de prevenção tomadas pelo serviço público sejam aliadas à mobilização e participação das pessoas”, disse.
O infectologista participou do podcast Gerais no g1, em novembro passado, e falou sobre uma possível nova onda da doença.
Vacina
O Ministério da Saúde adquiriu 9,5 milhões de doses da vacina contra a dengue desenvolvida pela farmacêutica Takeda, a Qdenga, para 2025.
Apesar de não ser a ferramenta principal para controle da doença, o imunizante tem um papel importante no combate e prevenção. No entanto, não está disponível para todos no Sistema Único de Saúde (SUS), devido à baixa disponibilidade mundial do insumo.
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