Pesquisadores da Unisinos participam de expedição à Antártica

A Unisinos, representada pelos pesquisadores do itt Oceaneon e do Programa de Pós-Graduação em Geologia – PPGeo, Rodrigo Guerra, Guilherme Krahl, Karlos Kochhann e Bruna Schneider, está presente na expedição do Projeto Paleoclima II, rumo à Ilha James Ross, localizada na Península Antártica, na região do Mar de Weddell.

O objetivo da missão é desvendar como eram as condições climáticas nos últimos 100 milhões de anos na Antártica e quais as mudanças que ocorreram



O objetivo da missão é desvendar como eram as condições climáticas nos últimos 100 milhões de anos na Antártica e quais as mudanças que ocorreram

Foto: Divulgação

O intuito da missão é desvendar como eram as condições climáticas nos últimos 100 milhões de anos na Antártica e quais as mudanças que ocorreram.

Kochhann comenta que a viagem iniciou em um voo comercial até Punta Arenas (Chile). “Lá, embarcamos no Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel, da Marinha do Brasil. Navegamos pelos Canais Austrais para, então, atravessar a Passagem de Drake até chegarmos à Península Antártica, onde se localiza a Ilha James Ross”. 

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O objetivo da expedição, segundo o pesquisador, é coletar amostras de rochas e fósseis de idade Cretácea, depositadas no fundo do mar entre 83 e 66 milhões de anos atrás.

“Por se tratar de uma área tectonicamente ativa, hoje essas rochas estão soerguidas, formando a Ilha James Ross. Dessa forma, poderemos reconstruir como os mares em torno da Antártica responderam às mudanças climáticas ocorridas nesse intervalo de tempo, quando o clima da Terra era mais quente que o atual. Tais estudos podem contribuir para o entendimento da dinâmica climática em um contexto de aquecimento global”, explica Kochhann.

Além dos pesquisadores da Unisinos, duas egressas do PPGeo, que hoje trabalham no Instituto Antártico Chileno, também estão na missão: Cristine Trevisan e Leslie Manríquez, além de um egresso da Biologia, André Jasper, do Projeto PALEOANTAR.

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Sobre a importância da expedição, Kochhann afirma que frente à urgência da atual crise climática, existe uma crescente necessidade de desenvolver pesquisas que reconstruam a dinâmica climática em intervalos de tempo do passado geológico caracterizados por condições de aquecimento global.

“Além disso, nosso projeto reforça a presença da Unisinos no Programa Antártico Brasileiro, que acontece desde a década de 1980”, finaliza.

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A expedição conta com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), do Programa Antártico Brasileiro (PROANTAR) e da Marinha do Brasil e o retorno da equipe será no dia 20 de fevereiro.

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