Terror noturno: 5 pontos que ajudam a explicar o transtorno

Parassonias, condição que caracteriza o sono noturno, são como pequenos desvios no roteiro do sono – IgorVetushko/Depositphotos

Você já acordou no meio da noite com um grito que parecia ecoar das profundezas do seu inconsciente? Ou talvez tenha compartilhado a cama com alguém que, de repente, teve movimentos violentos e assustadores?

Esses momentos podem ser sintomas de um fenômeno misterioso conhecido como terror noturno, uma parassonia que nos conduz para um estado comportamental entre o sono e a vigília.

O que são parassonias?

Parassonias são como pequenos desvios no roteiro do sono. Durante esses episódios, a mente e o corpo parecem presos em um terreno intermediário – nem completamente acordados, nem mergulhados no sonho profundo. É nesse estado peculiar que comportamentos atípicos e reações intensas emergem.

O enigma do terror noturno

Imagine uma explosão repentina de medo avassalador enquanto alguém dorme: um grito estridente corta o silêncio, acompanhado de expressões faciais de pânico, suor frio e uma frequência cardíaca acelerada. Quem sofre esse episódio geralmente acorda confuso, com dificuldade para lembrar o que aconteceu.

Alguns sinais típicos do terror noturno incluem:

  • Gritos intensos no meio do sono;
  • Movimentos bruscos ou violentos, como se estivesse lutando contra algo invisível;
  • Pupilas dilatadas e expressão de pavor;
  • Suor excessivo e respiração rápida.

Terror noturno ou pesadelo?

Embora pareçam semelhantes à primeira vista, terrores noturnos e pesadelos têm características distintas. Os pesadelos são sonhos assustadores dos quais conseguimos nos lembrar ao despertar. Já os terrores noturnos surgem sem a participação ativa dos sonhos, e os eventos muitas vezes desaparecem da memória.

O que desencadeia? 

Vários fatores podem abrir caminho para esses episódios perturbadores:

  • Genética: A predisposição familiar desempenha um papel importante; 
  • Privação de sono: O cansaço excessivo pode ser um gatilho;
  • Estresse emocional: Conflitos internos e tensões intensas criam terreno fértil;
  • Estímulos externos: Consumo excessivo de álcool, cafeína ou medicamentos específicos;
  • Outras condições: Distúrbios como apneia do sono e transtornos psiquiátricos podem estar associados.

Como tratar?

Nas crianças, esses episódios geralmente desaparecem com o tempo, exigindo apenas medidas para reduzir o estresse e promover noites de sono mais tranquilas. Em casos mais graves, estudos do sono ou acompanhamento médico podem ser necessários.

Para os adultos, no entanto, o sinal de alerta é maior. Terrores noturnos na vida adulta podem indicar condições mais sérias, como distúrbios psiquiátricos ou problemas de saúde subjacentes. Buscar um especialista em sono ou psiquiatra pode ser crucial.

Medicamentos e terapias comportamentais também são opções quando os episódios são frequentes ou oferecem riscos à pessoa ou aos que convivem com ela.

Dormir é essencialmente um hábito de relaxamento entre o corpo e a mente. Mas, às vezes, essa relação se descompassa, trazendo à tona os terrores escondidos no inconsciente. Para quem enfrenta essas noites turbulentas, o apoio especializado pode ser o farol na escuridão.

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