Procon notifica Enel por deixar milhares de consumidores no escuro após temporal de terça na Grande SP


Cerca de 650 mil clientes chegaram a ficar sem luz, sendo 150 mil por tempo prolongado. Concessionária tem sete dias para enviar os esclarecimentos. Apagão na Rua Itapicuru em Perdizes, zona oeste da capital, em novembro do ano passado.
YURI MURAKAMI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
O Procon de São Paulo notificou nesta quinta-feira (9) a Enel por falhas no fornecimento de energia elétrica após forte temporal na capital e na região metropolitana de São Paulo na terça-feira (7).
Cerca de 650 mil clientes chegaram a ficar sem luz, sendo 150 mil por tempo prolongado. Somente na cidade de São Caetano do Sul, metade dos imóveis ficaram no escuro.
Segundo o Procon, a notificação é o primeiro passo de uma ação de fiscalização, que pode resultar em sanções como multa, a quarta em um período de menos de 14 meses, desde novembro de 2023.
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Na avaliação do órgão, os apagões estão se repetindo a cada chuva, e a concessionária também apresenta a mesma justificativa, sem ações efetivas para a resolução dos problemas — como a diminuição do prazo para restabelecimento do fornecimento de energia.
Na notificação, o Procon pede esclarecimentos detalhados da área e do número de consumidores impactados, sobre as providências adotadas para a retomada do serviço e como a informação foi passada aos consumidores. Também sobre a política de compensações aos consumidores que permaneceram muitas horas sem energia em suas residências e comércios.
A Enel tem prazo de sete dias para enviar os esclarecimentos. Procurada, a empresa não encaminhou esclarecimentos até a última atualização desta reportagem.
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Reprodução
Estragos deixados pela tempestade
Quedas de árvores, imóveis destelhados, semáforos apagados, falta de energia, trânsito interrompido e pessoas desalojadas. Moradores da cidade de São Paulo e de vários municípios da região metropolitana contabilizam os estragos nesta quarta-feira (8).
Segundo a empresa, o vendaval de até 80 km/h arremessou telhas sobre duas linhas de transmissão da companhia, e houve “outras ocorrências graves em diversos pontos, incluindo a queda de galhos, árvores e postes, o que causou a destruição de trechos inteiros da rede elétrica”.
No total, o Corpo de Bombeiros informou que foi acionado 163 vezes por conta de quedas de árvores na Grande São Paulo.
Na capital, a Zona Leste foi uma das mais atingidas. De acordo com a Defesa Civil, os ventos chegaram a 70 km/h no Parque São Lucas e alguns telhados chegaram a voar longe.
Uma árvore grande caiu sobre um carro com duas pessoas dentro. Uma equipe da Polícia Militar foi chamada e conseguiu retirar os ocupantes do veículo sem ferimentos.
A chuva causou estragos também no bairro vizinho da Vila Ema. Já na Zona Sul, o Ipiranga foi um dos mais afetados. Apesar dos transtornos na capital, não houve registro de ninguém ferido.
Em São Caetano do Sul chegou a chover granizo. Foram 50 quedas de árvore na cidade. Uma delas atingiu uma residência, localizada no cruzamento da Avenida Roberto Simonsen com Rua Castro Alves, deixando 12 pessoas desalojadas que tiveram que ir para casas de parentes.
Algumas quedas de árvores atingiram a rede elétrica, ocasionando a interrupção do fornecimento para grande parte dos munícipes da região. Os bairros mais afetados foram Oswaldo Cruz, Barcelona, Cerâmica, Santo Antônio e Jardim São Caetano.
Na Avenida Goiás, no Centro, houve o desabamento parcial da estrutura de uma cobertura em estacionamento do Supermercado Sonda, atingindo dez veículos. Não houve registro de feridos.
Chuva forte deixou estragos na Grande SP
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