Meta: União Europeia rebate críticas de Mark Zuckerberg

O bate-boca continua. A Comissão Europeia se pronunciou após ser acusada de institucionalizar a censura pelo CEO da Meta, Mark Zuckerberg. Segundo o chefe da gigante da tecnologia, a legislação em vigência dificulta a “construção de qualquer coisa inovadora” na região.

União Europeia responde à Meta

Segundo a instituição, nunca houve nenhuma solicitação de remoção de conteúdo legal. Os pedidos para retirar materiais de circulação ocorreram apenas em casos onde a permanência de tais conteúdos no ambiente online representavam riscos para crianças ou para as democracias do bloco.

Em pronunciamento divulgado no início da semana, Zuckerberg revelou que a Meta estava abandonando a checagem de fatos e adotado um sistema de notas da comunidade, semelhante ao implementado no X/Twitter. A suspensão da verificação de informações deve começar em breve nos Estados Unidos.

Segundo o bilionário, a intenção com a medida é garantir o direito de liberdade de expressão e combater a censura. Para isso, a empresa trabalhará com o presidente Donald Trump, que assume o cargo no próximo dia 20, para combater países que “pressionam empresas americanas por mais censura”.

Durante seu discurso, Zuck ainda afirmou, sem dar exemplos, que tribunais secretos na América latina pressionam pela remoção de conteúdo online. No Brasil, a declaração foi entendida como uma referência a atuação do STF (Supremo Tribunal Federal) nos últimos anos.

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As declarações foram recebidas com surpresa e preocupação por organizações que combatem desinformação e discurso de ódio na internet. Entidades de checagem de fatos que trabalhavam em parceria com a big tech também foram surpreendidas com o comunicado.

Desde 2016 a Meta vem disponibilizando milhões de dólares para empresas certificadas pelo IFCN (International Fact-Checking Network). Segundo informações do jornal britânico The Guardian, algumas organizações que recebiam financiamento da empresa podem ter que cortar funcionários para continuar existindo e verificando fake news.

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