Steve Hanke: conheça o economista que é contra as criptomoedas

Steve Hanke é um economista conhecido por suas visões fortes e polêmicas sobre o mercado financeiro. Nesse sentido, ao longo de sua carreira, ele tem se posicionado contra diversas tendências, incluindo as criptomoedas. Desse modo, sua postura em relação ao Bitcoin e outras moedas digitais o tornou um nome polêmico em tal contexto.

Assim, iremos explorar a relação entre Steve Hanke e as criptomoedas, bem como outros aspectos da carreira do mesmo. Em conjunto a isso, discutiremos se, mesmo sendo contrárias ao senso comum, devemos considerar as afirmações dele e também refletiremos sobre o futuro das criptomoedas.

Entenda a relação entre Steve Hanke e as criptomoedas

Steve Hanke, professor de economia da Universidade Johns Hopkins, é um crítico fervoroso das criptomoedas, especialmente do Bitcoin. Em agosto de 2024, Hanke chamou os investidores de criptos de “psicopatas” ao compartilhar um estudo sobre o tema.

Dessa forma, sua opinião sobre as criptos não se limita a uma crítica superficial. Em tal sentido, no dia 6 de janeiro de 2025, ele reforçou suas ideias, afirmando que a criação de uma reserva de BTC seria um erro. Isso se deve ao fato de que, para ele, isso desaceleraria a economia global.

Então, Hanke acredita que o investimento na principal moeda virtual coloca um freio no crescimento econômico, pois esse dinheiro deixa de ser utilizado em ativos que produzem bens e serviços.

Sendo assim, ele compara o Bitcoin a obras de arte antigas, que, embora sejam valiosas, não contribuem para o desenvolvimento de projetos reais e produtivos. Posto isto, o economista argumenta que o foco deve estar em investimentos que sejam responsáveis por aumentar a produtividade e o padrão de vida, porque sem isso, a economia terá sérios problemas.

Por fim, Steve Hanke já afirmou, em 2021, que o BTC estava “morto”. Em outras palavras, ele considera a volatilidade extrema do ativo como seu principal defeito, o que a torna inadequada como uma moeda estável. Logo, para Hanke, as criptomoedas não têm valor real e não geram os investimentos necessários para o crescimento sustentável da economia.

Mas, afinal, quem é Steve Hanke?

Steve Hanke tem uma longa trajetória no mundo da economia. Em primeiro lugar, ele é graduado pela Universidade de Chicago, uma das instituições mais prestigiadas no contexto econômico.

Ao longo de sua carreira, Hanke se destacou por seu trabalho em teoria monetária e políticas cambiais. Nesse sentido, ele é amplamente reconhecido por sua atuação em países em crise financeira, ajudando a estabilizar economias por meio de reformas monetárias.

Entre suas contribuições mais notáveis, Steve Hanke foi um dos principais defensores da adoção do padrão de câmbio fixo em países com moedas instáveis. Paralelamente, ele também tem sido um crítico das políticas monetárias tradicionais, defendendo alternativas mais rígidas e controladas.

Ou seja, Hanke, além de ser professor, também atuou como consultor para diversos governos e instituições financeiras ao redor do mundo. Seu trabalho foi fundamental na implementação de reformas monetárias em países como por exemplo o Panamá e a Estônia. 

Da mesma maneira, sua carreira é marcada por um foco em aspectos como estabilidade financeira e também no controle da inflação, juntamente com uma visão pragmática sobre a economia global.

No entanto, apesar de suas contribuições e reconhecimento acadêmico, Hanke nunca deixou de ser uma figura polêmica. Suas opiniões muitas vezes destoam da visão comum da economia, o que o torna um personagem controverso, especialmente quando se trata de assuntos como o Bitcoin e as criptomoedas.

Mesmo sendo contrárias ao senso comum, devemos considerar as afirmações dele?

As opiniões de Steve Hanke sobre as criptomoedas são polêmicas e muitas vezes contradizem a visão dominante no mercado financeiro. Defensores do Bitcoin veem no ativo uma inovação revolucionária, um modo de proteger valor e promover a descentralização.

Entretanto, como vimos, Hanke desafia essa visão, apontando que o BTC não gera valor real, como outros investimentos em ativos produtivos. Sendo assim, ele vê as criptos como um obstáculo ao crescimento econômico, já que não aumentam a produtividade ou contribuem para a economia.

Mas, por outro lado, também vimos que, apesar de suas ideias divergentes, Hanke tem uma sólida carreira acadêmica e prática em economia. Em outras palavras, ele ajudou na estabilização de economias em alguns países, e suas análises são baseadas em décadas de experiência.

Tal contexto faz com que suas críticas ao Bitcoin e às criptomoedas mereçam consideração, especialmente para investidores que buscam alternativas que sejam mais tradicionais e também mais conservadoras.

Contudo, também deve-se levar a realidade das criptos em conta. Elas têm se expandido rapidamente, oferecendo novas soluções financeiras, como seguranças nas transações e a possibilidade de descentralização. Assim, as afirmações de Hanke, embora críticas, são um ponto de reflexão importante, principalmente diante dos riscos e da volatilidade do mercado cripto.

O futuro das criptomoedas

O futuro das criptomoedas ainda é incerto, especialmente à medida que mais economistas e reguladores se manifestam sobre suas implicações no sistema financeiro global. Embora Hanke continue a criticar o uso do BTC, muitos outros especialistas apontam para o crescimento contínuo das criptos e a evolução das tecnologias relacionadas.

As moedas virtuais, como o Bitcoin e o Ethereum, estão ganhando espaço não apenas como ativos de investimento, mas também como soluções para transações financeiras mais rápidas e seguras. Então, alguns governos já estão experimentando com moedas digitais que os bancos centrais emitem, o que pode mudar a dinâmica do mercado financeiro mundial.

No entanto, como Hanke aponta, os ativos digitais ainda enfrentam desafios significativos, como volatilidade, falta de regulamentação e o risco de serem usados para atividades ilícitas. O futuro das criptos dependerá, em grande parte, de como essas questões serão abordadas nos próximos anos.

Em conclusão, o papel das criptomoedas na economia global ainda está em processo de definição. Ainda que haja promessas de inovação, também há preocupações válidas sobre os riscos envolvidos. Logo, o debate entre defensores e críticos, como Steve Hanke, certamente continuará a moldar o panorama econômico e financeiro do futuro.

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